A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza nesta quinta-feira (4/11) a maior licitação da história das telecomunicações no Brasil, o leilão do 5G, a quinta geração da internet móvel. Superando as expectativas do setor, 15 empresas se inscreveram para o certame. A quantidade significativa de candidatos pode fazer com que a sessão termine apenas na sexta-feira (5/11)
De acordo com o edital publicado pelo órgão, a licitação deve movimentar R$ 49,7 bilhões.
O evento ocorre na sede da Anatel, em Brasília (DF), com presença do ministro das Comunicações, Fábio Faria, do presidente da Anatel, Leonardo de Morais, e de conselheiros da agência. O chefe do Executivo federal, presidente Jair Bolsonaro (sem partido), também participa da solenidade.
Também estão presentes o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e os ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Gomes (Infraestrutura), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência).
Essa cerimônia de abertura com o mandatário do Executivo Federal atrasou o início do leilão, marcado para ocorrer a partir das 10h. Agora, não há horário previsto para a abertura das propostas para cada lote.
A primeira etapa do leilão foi realizada no último dia 27, com a entrega dos documentos por parte de empresas e consórcios. A expectativa do governo é de que o 5G comece a ser ofertado até julho de 2022, chegando primeiramente às capitais brasileiras.
Por que o 5G é tão importante
A tecnologia representa um salto gigantesco para uma nova forma de uso da internet móvel. A proposta é tornar tudo conectado, como celulares, carros, geladeiras, máquinas de lavar e câmeras de segurança, entre outros eletrônicos, fazendo deslanchar a chamada Internet das Coisas. A base do sistema é uma velocidade muito maior para downloads e uploads.
O 5G deve facilitar diversas novas aplicações, com melhor desempenho, permitindo avanços que vão de sistemas de pagamento mais rápidos e variados até a viabilização de carros autônomos (sem motoristas), de sensores e monitoramento em fábricas a serviços públicos aperfeiçoados (como acompanhamento de consumo de água ou de lâmpadas de postes).
Na avaliação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a tecnologia poderá contribuir também para a produção. “O 5G será um componente-chave para o aumento da troca desembaraçada de dados entre máquinas, instalações, humanos e robôs, o que permitirá o desenvolvimento de uma logística inteligente, produção conectada de sistemas cyber-físicos e de comunicação máquina a máquina. A combinação dessas e de outras tecnologias digitais no setor secundário possibilita o avanço industrial conhecido como ‘Indústria 4.0’”, assinala o órgão no documento, segundo a Agência Brasil.
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