No Dia do Parkinson, hospital reforça que 30% dos casos não apresentam tremores



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De acordo com uma especialista, a doença causa morte celular e reduz a quantidade de dopamina, um neurotransmissor, na região

Por

JC


Publicado em 10/04/2025 às 10:00

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estimativas globais apontam que há mais de 8,5 milhões de pessoas vivendo com Parkinson. Trata-se de uma doença neurológica progressiva e crônica que afeta os movimentos do corpo, além de outros sintomas não-motores, acometendo, principalmente, a população a partir dos 60 anos. 

Para lembrar o dia mundial de conscientização da doença, nesta sexta-feira (11/4), o Hospital Pelópidas Silveira (HPS), referência em neurologia do Estado, ressalta que os tremores, característicos da doença, não acometem todos os pacientes. 

A neurologista Miriam Carvalho, que atua no HPS, explica que a doença é provocada pelo acúmulo patológico de uma proteína no cérebro. Esse problema causa morte celular e reduz a quantidade de dopamina, um neurotransmissor, na região. É exatamente a redução dessa substância química que afeta os movimentos do indivíduo.

Sintomas

  • Rigidez muscular;
  • Lentidão nos movimentos;
  • Desequilíbrio. 

Os tremores, característicos no Parkinson, não acometem todos os pacientes. Segundo Miriam, cerca de 30% dos pacientes não apresentam essa manifestação. A especialista ainda reforça a presença de outros sintomas não-motores, como constipação, problemas de sono, diminuição do olfato e tendência à depressão.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de Parkinson é clinico, ou seja, baseado na história clínica e no exame físico. Exames, como ressonância magnética, podem auxiliar no diagnóstico diferencial com outras doenças. O tratamento objetiva repor a dopamina no organismo, com medicações disponíveis no SUS, tanto na Farmácia Popular quanto na farmácia de medicamentos especializados e de alto custo.

“Hoje, consideramos que tratar melhor nosso paciente, reabilitar e medicá-lo precocemente o faz conviver com a doença mais tempo e ter melhora na qualidade de vida”, frisa a neurologista Miriam Carvalho, especialista na doença e em distúrbios do movimento.

Além do acompanhamento médico e uso de medicamentos, o trabalho de reabilitação da equipe multiprofissional, com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, irá ajudar na qualidade de vida.

“O paciente parkinsoniano precisa estar ativo, física e mentalmente. Para ele se manter mais tempo funcional, a reabilitação tem um papel primordial”, pontua a neurologista.

Possibilidade cirúrgica 

Em alguns casos, ainda pode ser indicado um procedimento cirúrgico para implantar um dispositivo no cérebro – cirurgia de DBS (estimulação cerebral profunda). “Essa não é uma estratégia de primeira opção, mas é possível ser realizada no SUS a partir de um encaminhamento adequado”, destaca a neurologista. 

Como prevenir? 

A doença de Parkinson é provocada pela interação do DNA do indivíduo com diversos fatores externos ao longo da vida, como exposição a pesticidas, herbicidas, solventes e outras substâncias químicas. Apenas entre 5% e 10% dos casos ocorrem por fatores geneticamente isolados.

Fatores importantes que pode prevenir a doença de Parkinson:

  • Atividade física;
  • Dieta rica em compostos minerais com propriedades antioxidantes e anti-inflamatória;
  • Café de forma moderada.

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