Em meio a uma onda de casos de intoxicação por metanol, Pesquisadores pernambucanos da UFPE criam teste rápido para bebidas adulteradas
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O Ministério da Saúde atualizou nesta segunda-feira (20) o número de notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas. Ao todo, 47 casos foram confirmados e 57 seguem em investigação. Já foram descartadas 578 notificações.
O número de mortes chegou a nove, sendo seis em São Paulo, duas em Pernambuco, no município de Lajedo, e uma no Paraná, em Foz do Iguaçu.
Mais sete óbitos seguem em investigação: um em São Paulo, três em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul, um em Minas Gerais e um no Paraná. Foram descartadas 27 notificações de óbitos que estavam sob investigação.
O estado de São Paulo segue com o maior número de casos: 38 confirmados e 19 em investigação. Há ainda cinco casos confirmados no Paraná, três em Pernambuco e um no Rio Grande do Sul.
Pesquisadores pernambucanos criam teste rápido para bebidas adulteradas
Em meio a uma onda de casos de intoxicação por metanol devido a bebidas adulteradas, pesquisadores do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um nariz eletrônico que consegue identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas. Basta uma única gota da bebida para o equipamento reconhecer odores estranhos em relação à bebida original.
“O nariz eletrônico transforma aromas em dados. Esses dados alimentam a inteligência artificial que aprende a reconhecer a assinatura do cheiro de cada amostra”, explica o professor Leandro Almeida, do Centro de Informática.
São apresentadas amostras de bebidas sabidamente verdadeiras para que a máquina seja calibrada para aprender a reconhecê-las e depois são apresentadas versões adulteradas.
A leitura dos aromas é feita pelo equipamento em até 60 segundos. Ele detecta não só a presença de metanol como de qualquer outro tipo de adulteração, como por exemplo, bebidas diluídas em água. Os pesquisadores prometem uma margem de segurança de 98%.
Outros usos
A tecnologia foi desenvolvida inicialmente para ser setor de petróleo e gás, como explica Leandro: “Na verdade, essa pesquisa começou há 10 anos para avaliar o odorizante do gás natural”. O odorizante é o cheiro adicionado ao gás de cozinha para detectar vazamentos.
O nariz eletrônico também pode identificar adulterações em alimentos ou mesmo para uso em hospitais para identificar, pelo cheiro, a presença de micro-organismos.
“Você pode falar de, por exemplo, a qualidade de um café, a qualidade de um pescado, de uma carne vermelha, carne branca, peixe, pescados”, explica Leandro.
Ele lembra, por exemplo, que a indústria de alimentos tem usado para verificar a qualidade do óleo de soja para produção de margarina.
O grupo de pesquisa também pensa em caminhos para viabilizar o uso da tecnologia no setor de bares, restaurantes e adegas. Umas das possiblidades é disponibilizar equipamentos para os donos dos estabelecimentos que revendem a bebida por meio de tótens acessíveis aos clientes. Outra ideia é produzir equipamentos portáteis para que a empresa que fabrica a bebida verifique, ela própria, se o produto oferecida nos estabelecimentos é realmente verdadeiro.
Leandro cogita ainda um produto desenvolvido para ser usado pelo próprio consumidor: “Nós já temos o desenho de uma canetinha para o cliente final. Para que ele mesmo consultar a sua bebida ou alimento”.
Por enquanto, a versão etílica do nariz eletrônico só foi testada em laboratório. Antes de ser comercializada, ela também precisa ser testada em ambiente real. Para tornar a tecnologia acessível estima-se que seria necessário um investimento de cerca de R$ 10 milhões.




