Gilberto Claudino da Silva Júnior, dono de faculdade beneficiada em esquema criminoso, se entregou nesta quarta-feira (5), um mês após investigação.
Raphael Guerra
Publicado em 05/11/2025 às 15:18
| Atualizado em 05/11/2025 às 15:45
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O empresário Gilberto Claudino da Silva Júnior, investigado como um dos líderes do esquema de desvio milionário de emendas parlamentares da Câmara de Vereadores de Ipojuca, no Grande Recife, se entregou à polícia nesta quarta-feira (5). O suspeito estava foragido desde 2 de outubro, quando foi deflagrada uma operação para prender investigados.
O mandado de prisão foi cumprido após o empresário se apresentar, acompanhado de advogados, na Central de Plantões da Capital, no Recife. Gilberto é dono da Faculdade Novo Horizonte (razão social Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa – Inesp), apontada pela polícia como uma das empresas beneficiadas com repasse milionário de verbas.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas desde outubro de 2024, quando denúncias em redes sociais apontando que associações estavam sendo beneficiadas com milhões de reais ilegalmente. O Ministério Público acompanha o andamento do inquérito.
Segundo as investigações, as verbas recebidas pelo Inesp eram repassadas pelo Instituto de Gestão de Políticas do Nordeste (IGPN), principal beneficiário das emendas.
Nove vereadores autorizaram o pagamento de mais de R$ 6 milhões em menos de um ano, sem que a entidade tivesse capacidade para gerir os contratos que previam a oferta de cursos na área de saúde.
“O IGPN contratou uma faculdade de Ipojuca, mas os cursos não foram realizados. Um detalhe que também chama a atenção é que o imóvel onde funciona a faculdade foi adquirido pela Câmara de Vereadores de Ipojuca”, relatou o delegado Ney Luiz Rodrigues, em coletiva de imprensa no mês passado.
Somente entre 2022 e 2024, a Prefeitura de Ipojuca pagou mais de R$ 39 milhões em emendas parlamentares impositivas.
Na operação, duas advogadas à frente de outra associação localizada em Caruaru, no Agreste do Estado, foram presas. Outra mulher, funcionária da faculdade, também. Três suspeitos seguem foragidos.
MORTE DE PROFESSORA ANTES DE DEPOIMENTO
Na semana passada, a professora universitária Simone Marques da Silva, que tinha vínculo com a Inesp, foi assassinada em casa poucas horas após ir à Delegacia de Porto de Galinhas. No dia do crime, ela iria prestar depoimento, mas acabou não sendo ouvida.
A Polícia Civil investiga se o homicídio da professora foi uma queima de arquivo.




