Mulheres são maioria na Previdência: O que isso muda para aposentadorias e o INSS?


O perfil da Previdência Social está mudando rapidamente: desde 2018, as mulheres representam mais da metade dos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), incluindo idosas de baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Com expectativa de vida maior e, em média, tempo de contribuição menor, elas desafiam o equilíbrio das contas do INSS e impulsionam uma discussão sobre possíveis ajustes nas regras de aposentadoria.

Para o advogado previdenciário e trabalhista Dr. Márcio Coelho, o crescimento feminino no sistema reflete conquistas sociais e econômicas, mas também reforça responsabilidades históricas: “A mulher e a responsabilidade social estão intrinsecamente ligadas. É dela a maior responsabilidade no núcleo familiar em razão da maternidade e das obrigações que daí decorrem. Além de dona-de-casa, mãe e esposa, ela também exerce sua profissão ou trabalho no mercado. Atualmente, a mulher exerce todas as funções que antes eram executadas pelo homem, conquistando seu espaço e mostrando sua capacidade em grandes pesquisas tecnológicas e científicas mundiais. Repousa na mulher a formação de nossa sociedade. No nosso sistema previdenciário, ela já detém a maioria dos benefícios pagos, não só pelo aumento demográfico, mas também pela confiabilidade que o sistema deposita nas mulheres”.

O crescimento da participação feminina exige reflexão sobre a sustentabilidade do sistema previdenciário. Especialistas apontam que ajustes podem ser necessários, mas sempre considerando o papel central da mulher na sociedade e no mercado de trabalho. O debate é complexo e promete pautar discussões políticas e econômicas nos próximos anos.



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