O Pontífice iniciou as celebrações do Natal e do Jubileu da Esperança com um apelo pela paz “desarmada e desarmante” em seu discurso
JC
Publicado em 24/12/2025 às 21:39
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Em uma série de gestos e pronunciamentos marcados pelo encerramento do Jubileu de 2025, o Papa Leão XIV centralizou sua mensagem de Natal na urgência da paz global. Ao falar com jornalistas na noite de 23 de dezembro, em Castel Gandolfo, o Santo Padre fez um apelo direto às pessoas de boa vontade para que o mundo observasse, no mínimo, um dia de trégua total durante a Natividade. O Papa Leão XIV presidiu a sua primeira Missa do Galo como Sucessor de Pedro, na Basílica de São Pedro, nesta quarta-feira, 24 de dezembro.
O Cartão de Natal e a Herança de São Leão Magno
A Prefeitura da Casa Pontifícia divulgou o cartão oficial de Natal do Pontífice, que trouxe a frase: “O Natal do Senhor é o Natal da Paz”. A citação foi extraída do Sermão 26 de São Leão Magno, o primeiro Papa a utilizar o nome adotado pelo atual sucessor de Pedro. A arte do cartão apresentou um mosaico de Alberto Salietti, datado de 1955, pertencente ao apartamento pontifício. “Faço mais uma vez este pedido a todas as pessoas de boa vontade para que respeitem, ao menos na festa do nascimento do Salvador, um dia de paz.”
“Queremos celebrar juntos a festa do Natal. Jesus Cristo, que nasceu por nós, nos traz a paz e o amor de Deus. Boas festas a todos vocês”, foram as palavras do Papa antes da celebração, ao saudar os fiéis que acompanharam a cerimônia pelos telões instalados na Praça de São Pedro, inclusive debaixo de chuva.
A Santa Missa, que contou com a presença de 6 mil fiéis, foi precedida pela tradicional Kalenda, o antigo anúncio solene do nascimento do Senhor. Em seguida, o Pontífice desvelou a imagem do Menino Jesus, momento em que os sinos da Basílica tocaram e as luzes se acenderam, marcando liturgicamente o início do Natal.
Em sua homilia, Leão XIV recordou a longa busca da humanidade por sentido e verdade, muitas vezes projetada no céu e nas estrelas, mas incapaz de oferecer respostas duradouras. Durante séculos, afirmou, os povos tentaram decifrar o próprio destino olhando para o alto, permanecendo, porém, na escuridão, até que, nesta noite santa, uma luz verdadeiramente nova se acende na história. O Papa então explicou que o Natal não celebra uma ideia, mas uma presença viva que entra na história:
“É o Natal de Jesus, o Emanuel. No Filho feito homem, Deus não nos dá algo, mas a si mesmo. […] Para encontrar o Salvador, não é preciso olhar para cima, mas contemplar o que está embaixo: a onipotência de Deus resplandece na impotência de um recém-nascido. […] É divina a necessidade de cuidado e calor, que o Filho do Pai partilha na história com todos os seus irmãos. A luz divina que irradia deste Menino ajuda-nos a ver o homem em cada vida nascente.”
Uma das decisões mais notáveis de Leão XIV para este período foi a reintrodução da Missa do Dia de Natal, celebrada nesta manhã de 25 de dezembro. A prática não era realizada por um Pontífice desde 1994, com São João Paulo II, uma vez que os antecessores imediatos, Bento XVI e Francisco, costumavam realizar apenas a bênção Urbi et Orbi nesta data.
O cronograma de dezembro segue com: 26 e 28 de dezembro – Recitação do Angelus na Praça São Pedro; e 31 de dezembro – Audiência Geral pela manhã e a celebração das Primeiras Vésperas com o canto do Te Deum à tarde, em ação de graças pelo ano de 2025.
Ao projetar o início de 2026, o Papa dedicou a mensagem do 59º Dia Mundial da Paz (1º de janeiro) ao tema: “A paz esteja com todos vocês. Rumo a uma paz desarmada e desarmante”. No documento, Leão XIV incluiu uma denúncia enfática contra o aumento de 9,4% nos gastos militares globais registrados em 2024.
As celebrações do período natalino culminam em dois momentos de grande peso litúrgico – Missa da Epifania e o fechamento da Porta Santa, assinalando o fim oficial do Jubileu da Esperança (6 de janeiro); e a Festa do Batismo do Senhor, com a administração de batismos por Leão XIV na Capela Sistina (11 de janeiro).




