‘O Chile viveu uma das ditaduras mais sangrentas e soube processar mais de 1500 militares que haviam cometido torturas’, celebrou Walter Salles
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O filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, recebeu neste domingo (28) a sua 66ª premiação: o Prêmio Lihuén de Melhor Filme Ibero-americano, concedido pela primeira vez pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile.
“Uma alegria para toda a família do longa, pela admiração que temos pelo cinema chileno e por como ele tratou dos temas da memória e da resistência. Filmes como “Nostalgia da Luz” do mestre Patrizio Guzmán, “Machuca” de Andrés Wood, “Post Mortem” e “No” de Pablo Larraín foram importantes para nos ajudar a pensar essas questões”, comentou Walter Salles.
“O Chile viveu uma das ditaduras mais sangrentas dos anos 70 e 80, e soube processar mais de 1500 militares que haviam cometido torturas e assassinatos. A justiça chilena também soube determinar que a lei da anistia não valia para crimes de lesa-humanidade, e isso foi exemplar. Finalmente, centros como o Museu da Memória e dos Direitos Humanos revelam a importância simbólica da luta contra o esquecimento. Por isso tudo, este é um prêmio muito especial para o filme”, completou.
Produtora recebeu prêmio
Maria Carlota Bruno, produtora de Ainda Estou Aqui, participou da cerimônia do Prêmio Lihuén – DIVULGAÇÃO
Maria Carlota Bruno, produtora do filme, participou da cerimônia e recebeu o prêmio em nome de toda a equipe no Centro Cultural Gabriela Mistral, em Santiago.
Em seu agradecimento, declarou: “Este reconhecimento é ainda mais especial por se tratar da primeira edição de um prêmio que celebra o cinema falado em português e em espanhol, línguas que compartilham uma história de resistência e criatividade”.
“Descobri que Lihuén significa ‘luz’ em língua mapuche. Que bonito que ‘Ainda Estou Aqui’ receba um prêmio com esse nome, pois o filme busca iluminar a história de Eunice Paiva e sua família, e, através dela, a de tantas famílias que sofreram na ditadura. Que essa luz nos acompanhe sempre para seguir contando e compartilhando nossas histórias”, concluiu.
Na semana passada, “Ainda Estou Aqui” recebeu o “Grand Prix FIPRESCI” 2025, concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (FIPRESCI), pelo como Melhor Filme do Ano pela internacional.
Sucesso
Um ano após sua estreia no Festival de Veneza, “Ainda Estou Aqui” já foi visto por mais de 8,5 milhões de espectadores pelo mundo, passou por mais de 50 festivais nacionais e internacionais e acumula impressionantes 66 prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Filme Internacional, o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama (Fernanda Torres).
A produção também venceu seis prêmios do júri popular nos festivais de Rotterdam; Vancouver; Mill Valley e Philadelphia Film Festival, nos Estados Unidos; Pessac, na França e na Mostra Internacional de Cinema de S. Paulo e 13 prêmios Grande Otelo, concedidos pela Academia Brasileira de Cinema.




