Brasil soma 127 notificações de intoxicação por metanol em 12 estados; até agora 11 casos tiveram confirmação laboratorial no País
JC
Publicado em 04/10/2025 às 10:21
| Atualizado em 04/10/2025 às 10:40
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou neste sábado (4) em Teresina (PI) que o governo federal avançou na aquisição de antídotos para enfrentar os casos de intoxicação por metanol, utilizados na adulteração de bebidas alcoólicas.
Segundo Padilha, já foram registrados 127 casos no País, distribuídos em 12 estados. Ele ressaltou que não houve aumento no número de confirmações, mas sim no de suspeitas. Até agora permanece em 11 o número de casos confirmados em laboratório. “O momento é de atenção e não de pânico”, afirmou.
Orientação à população
O ministro Alexandre Padilha, em Teresina, detalhou as medidas do governo para conter casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol – José Cruz/Agência Brasil
O ministro recomendou que a população evite consumir bebidas destiladas em garrafas fechadas com tampas de rosca, consideradas de maior risco. “Nossa recomendação é evitar bebidas destiladas, sobretudo aquelas que a garrafa é feita com a rosca”, disse. Ele destacou que não há registros de adulteração em bebidas vendidas em latas ou em garrafas com tampas metálicas.
Padilha reforçou que se trata de um produto ligado ao lazer, e não de necessidade básica: “É um produto de lazer, não faz parte da cesta básica. Então evite risco no seu momento de lazer.”
Medidas do governo
Entre as ações já adotadas, o ministro informou que 12 mil ampolas de etanol farmacêutico, usado como antídoto, foram adquiridas e serão distribuídas aos Centros de Referência em Toxicologia. As compras para combater a adulteração também incluem 2.500 tratamentos com Fomepizol, outro antídoto eficaz. Esses foram comprados por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e devem chegar ao País na próxima semana. Há 604 farmácias de manipulação autorizadas a produzir etanol farmacêutico sob prescrição médica.
Atenção aos profissionais de saúde
Padilha pediu que médicos e equipes da rede pública e privada façam notificação imediata já na primeira suspeita clínica de intoxicação. “A notificação precoce é fundamental para rastrear onde a bebida foi consumida e identificar rapidamente o local de aquisição, auxiliando na resposta sanitária”, explicou.
O protocolo do Ministério da Saúde inclui checagem de acidose metabólica, hidratação, monitoramento da função cardíaca e uso imediato do etanol farmacêutico, quando indicado.
Risco invisível
O metanol, usado na indústria de combustíveis, é impróprio para consumo humano. Em pequenas concentrações, não é perceptível no sabor de destilados com 30% a 40% de teor alcoólico, o que aumenta o risco de intoxicação. Sintomas como náuseas e vômitos podem ser confundidos com ressaca, mas tendem a ser mais intensos.
Cuidados recomendados
- Verificar a origem e o lacre da embalagem;
- Desconfiar de preços muito abaixo do mercado e pontos de venda informais;
- Recusar embalagens com rótulos mal impressos, sem CNPJ, lote ou validade;
- Evitar testes caseiros (cheirar, provar ou queimar a bebida), que não são seguros;
- Pedir que bebidas sejam servidas na frente do consumidor em bares e restaurantes.




