Segundo uma pesquisa realizada pela FGV, 33% dos entrevistados acreditam que o mercado de trabalho deve piorar nos próximos 6 meses
Anaís Coelho
Publicado em 20/10/2025 às 14:08
| Atualizado em 20/10/2025 às 14:56
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Durante entrevista para o programa ‘Passando a Limpo’, da Rádio Jornal, o economista André Magalhães destrinchou uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o pessimismo dos trabalhadores em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses.
Segundo a pesquisa, pela primeira vez em 4 meses, cerca de 33% dos entrevistados acreditam que o mercado de trabalho deve piorar nos próximos 6 meses. Ainda que a pesquisa reflita sobre um sentimento dos trabalhadores, e não de um dado consolidado na economia, trata-se de uma preocupação alarmante.
“Mas do ponto de vista do trabalhador, é muito difícil a gente entender como sendo uma previsão razoável do que vai acontecer. É muito mais um sentimento que eu acho que tem que ser respeitado e acompanhado do que está acontecendo, que ele está vendo ao redor”, explica o economista.
Causas
Para André Magalhães, esse pessimismo pode partir de algumas questões presentes na vida dos trabalhadores, como por exemplo a alta taxa de juros, que contribui com o endividamento da população.
Alguns economistas já preveem que o próximo ano seja difícil para economia, já que há uma tendência do governo gastar mais no ano eleitoral, intensificando a preocupação com os gastos públicos.
Magalhães também fez um comentário sobre a discussão da PEC 6 por 1; ele considera que a promessa de jornada menor pode ser uma “ilusão” se não houver um cálculo sério de custos para a sociedade e uma transição cuidadosa para o setor produtivo.
“E é muito difícil alguém chegar e dizer que vai ser contra do trabalhador de trabalhar menos. Mas a gente tem que fazer conta, fazer cálculo de custo disso para a sociedade e como é que a gente pode migrar, se a gente quiser sair dessa jornada que existe.”
Segmentação salarial
Durante a entrevista, também é discutida a segmentação salarial que existe hoje em dia. O mercado está muito aquecido e com dificuldade de contratação nos setores que oferecem salários mais altos, como o setor de tecnologia.
Por outro lado, em faixas salariais mais baixas, o salário permanece pressionado para baixo devido ao contingente maior de pessoas em áreas menos qualificadas.
“Eu acho que a gente tem realmente mercados separados, segmentados e quando a gente está falando de salário mínimo, a pessoa não vai ganhar muito mais do que isso. E então assim, a gente acaba pressionado para baixo”, explica.




