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Demorou, mas finalmente saiu. Num comunicado de apenas 300 palavras, a Petrobras comunicou que recebeu nesta segunda-feira (20) a licença de operação do Ibama para a perfuração de poço exploratório no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do Rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.
Ambientalistas ficaram furiosos com o anúncio a exatos 20 dias do início oficial da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 no próximo dia 10 de novembro. E vira isso como uma forma de sabotagem para manchar a reputação ambiental do Brasil, ao buscar a expansão da exploração petrolífera enquanto fala de transição energética.
Negação
Pode ser. Mas é quase uma demonstração de negação diante do fato de que até os peixes que habitam a vizinhança do futuro poço no Amapá não soubessem que não havia como negar a autorização. E depois que a Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama
“Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, em agosto, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras e a eficácia do plano de resposta à emergência”, dia a nota.
Antes da COP-30
Talvez porque acreditassem que se a licença fosse emitida depois da COP-30, se pudesse acusar o Ibama de postergar a decisão para não pagar o desgaste. Mas o governo vai pagar o desgaste para os ambientalistas internacionais de qualquer forma. E parece claro que o Ibama quis se isentar dessa possível acusação.
A Petrobras também se apressou a dizer que não há produção de petróleo nessa fase. E que a sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses, buscando obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica.
Pesquisa da Petrobras na Margem Equatorial. – Divulgação
É so retirar
É uma forma técnica de dizer que vai constatar o que todo mundo no setor sabe. E se equipar para ver como, no futuro, vai organizar essa exploração que deve levar ao menos seis anos para colocar na região uma de suas plataformas FPSO capazes de armazenar o petróleo até navios petroleiros o levem às suas refinarias.
E a Petrobrás tem motivos para festejar. O bloco 59, que a Petrobras recebeu autorização para perfurar, inicialmente era da britânica BP, em consórcio com a estatal brasileira. Foi a BP que entrou com o pedido de licenciamento no Ibama, em abril de 2014, mas saiu do projeto em 2020 exatamente pelas dificuldades de autorização. A Petrobras comprou os 70% da BP e ficou sozinha com o projeto e a jornada de obter a licença do poço exploratório.
Novos negócios
A BP foi cuidar da vida dela noutras áreas no Brasil e, em agosto último, anunciou sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos na costa do Brasil. O campo de Bumerangue fica na Bacia de Santos, a 400 quilômetros do Rio de Janeiro, com mais de 300 km².
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard , lembrou que foram quase cinco anos à espera da licença, nos quais a Petrobras teve como interlocutores governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. E o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se apressou em dizer que o Brasil não pode abrir mão de conhecer seu potencial. “Fizemos uma defesa firme e técnica para garantir que a exploração seja feita com total responsabilidade ambiental, dentro dos mais altos padrões internacionais.”
Brasil dentro
Mas é importante mostrar que essa é uma briga em que o Brasil não tinha como não entrar, especialmente depois que a Guiana começou a extrair petróleo. Há uma enorme vantagem do Brasil pelo tamanho que no Brasil há a Margem Equatorial. Pelo que ela agrega de futuro à companhia brasileira.
Apesar daquele discurso de “Transição Energética Justa”, o negócio da Petrobrás hoje e daqui a pelo menos 30 anos é petróleo. Especialmente depois que os custos de produção das chamadas energias renováveis nos países desenvolvidos estão sendo revistos. Nos chamados combustíveis do futuro.
Hidrogênio verde
No começo deste mês, na World Hydrogen Week, por exemplo, a conversa foi que o padrão que a União Europeia definiu para se fazer hidrogênio verde tem critérios tão rigorosos que está inviabilizando projetos bastante promissores. E se iniciou um debate sobre quanto tempo a indústria europeia aguenta até que a legislação mude.
Aqui do outro lado do Atlântico, a conversa é até que ponto a Petrobras está disposta a bancar a exploração do pré-Sal e o que eu vou fazer depois dele. O que tem agora como resposta à Margem Equatorial?
Pesquisa da Petrobras na Margem Equatorial. – Divulgação
Outras licenças
Obviamente isso é um pesadelo para as entidades ambientalistas como o Observatorio do Clima para quem a licença deve funcionar como porta-pioneira de um conjunto de outras licenças na Foz e em toda a Margem Equatorial.
Quanto a isso, não há mesmo dúvidas, pois quando a ANP fez a licitação dos blocos a serem explorados dos 47 ofertados, 19 foram arrematados. A americana ExxonMobil (que já extrai na Guiana) e a Petrobras arremataram, consorciadas, dez blocos na bacia, enquanto a Chevron e a chinesa CNPC levaram nove blocos em conjunto, todos operados pela americana.
Foz do Amazonas
Então, a expectativa é que daqui em diante essas empresas donas dos outros blocos da Bacia da Foz do Amazonas – que ainda precisam passar por processo de licenciamento ambiental percorrido pela Petrobras – façam o mesmo caminho.
Curiosamente, a reclamação dos ambientalistas evidencia uma suposta contradição entre o discurso climático do Brasil e o avanço de uma nova fronteira de petróleo no país. E que diante de cenário de emergência climática a abertura de novos poços de petróleo anule compromissos do Brasil com a transição energética.
Apoio de Lula
Talvez a contradição só exista na expectativa dos ambientalistas brasileiros. Desde o primeiro dia do seu terceiro governo, Lula tem dito que quer a Petrobras forte participando de todos os segmentos do setor de petróleo. E cobra ações da empresa no mercado de derivados de petróleo do poço ao refino.
E sempre é bom lembrar: Jean Paul Prates começou a cair em desgraça quando, levado pelo seu histórico de pesquisador da energia eólica no Brasil, começou a dar mais ênfase às renováveis do que às ações na área de petróleo, embora as renováveis não ocupassem mais de 2% dos investimentos previstos para a companhia. Então, a questão não é a licença do poço no bloco FZA-M-059. A questão é que Lula quer que a Petrobras de Magda Chambriard perfure, perfure e perfure…
Custo do Hidrogenio Verde no Brasil. – Divulgação
Custo para produzir Hidrogênio Verde
Um estudo desenvolvido pela consultoria Clean Energy Latin America (CELA) estimou o custo de produção de Hidrogênio Verde entre US$ 2,94/kg e US$ 7,38/kg, dependendo da localidade e das condições energéticas.
Os dados foram elaborados com premissas fornecidas por fabricantes de equipamentos, empresas de operação e manutenção (O&M) e outras fontes do setor e utilizam informações atualizadas até setembro de 2025.
De acordo com a CELA, o custo de produção subiu em média 11% para o hidrogênio verde e 40% para a amônia verde no Brasil nos últimos 12 meses, movimento alinhado à tendência mundial de elevação de preços de equipamentos e energia.
Black November
Esqueça a Black Friday. O Brasil transformou a data no que chama de Black November, onde para algumas marcas, o mês todo deve ter ações promocionais focadas em intensificar vendas por 30 dias.Isso queima as vendas de Natal, mas os dados apontam que os eletrônicos são os produtos mais desejados (53%), com eletrodomésticos logo atrás (44%) e que vendem bem no Black November.
O Brasil parece tender a comprar mais online, diferente de mercados como os EUA, onde ainda há muita agitação em lojas físicas durante o período.
Black Friday.jpg agora é Black November. – Divulgação
Nosso dados
Pouca gente sabe, mas a transferência internacional de dados entrou em uma nova era no Brasil no dia 23 de agosto último quando acabou a transição da Resolução CD/ANPD nº 19/2024, que determinou a transferência de dados pessoais para repositórios internacionais.
Na prática, isso ampliou o nível de exigência sobre contratos e arquitetura de TI, em especial onde há serviços de nuvem internacional, rotinas de backup fora do país e cenários híbridos em que dados podem cruzar fronteiras por integrações, suporte ou replicações automáticas.
Cumprir a LGPD
Pode parecer absurdo, mas o Regulamento de Transferência Internacional de Dados é o instrumento que detalha como as empresas brasileiras podem enviar dados pessoais para fora do país sem descumprir a LGPD. Na prática, visa garantir que o dado mesmo no exterior seja do mesmo nível de proteção que teria se estivesse armazenado no Brasil.
Ao menos 15 participantes, divididos em grupos de cinco por dia, estão inscritos para preparar e apresentar pizzas de diversos sabores, a exemplo das tradicionais calabresa e portuguesa. Seria normal se todos eles não fossem portadores de síndrome de Down, inscritos no I Campeonato Mundial de Pizzaiolos com síndrome de Down, dentro do projeto Pizza Maker & Down uma iniciativa inédita e emocionante da HFN – Hotel & Food Nordeste 2025.
Regulamento de Transferência Internacional de Dados – Divulgação
Regras do SFH
A Ademi-PE recebe nesta terça-feira (21), executivos da Caixa Econômica Federal, João Victor Oliveira e Rodrigo Quenta, para apresentar e debater as novas diretrizes do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O encontro foca nas novas egras que prometem injetar novo fôlego no mercado, como a elevação do teto do SFH para R$ 2,25 milhões e o aumento da cota de financiamento para 80% do valor do imóvel.
Rebocador Transpetro
Em tempos de licença do Ibama, na Margem Equatorial a Transpetro lançou, nesta segunda-feira (20), licitação para a aquisição de 18 barcaças e 18 empurradores. Das 18 barcaças a serem contratadas, dez terão capacidade de 3 mil toneladas de porte bruto (TPB) e oito, de 2 mil toneladas de TPB. O novo conjunto de barcaças ajuda na movimentação dos navios de transporte de derivados de petróleo e biocombustíveis da empresa nos próximos anos.
8.222.427 normas
Após 37 anos da Constituição Federal de 1988, a realidade legislativa é cada vez mais difícil de interpretar. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), desde a promulgação da Constituição até o final de setembro de 2025, revelou que o Brasil editou 8.222.427 normas, numa média diária de 609 normas ou 879 por dia útil.
O problema disso é o custo para as companhias brasileiras que gastaram, em média, R$ 279 bilhões por ano. Isso apenas para acompanhar e implementar as constantes modificações legislativas e tributárias.
Vivendo Contabilidade
Nesta terça-feira (21), no Mar Hotel, em Boa Viagem, o Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco (CRCPE) promove o evento “Vivendo a Contabilidade Pernambucana: tradição que valoriza, inovação que transforma” dentro da programação do Seminário de Contabilidade em Pernambuco liderado pelo presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco – CRCPE, Roberto Nascimento. A previsão é de um público de 1.200 pessoas.
Usina Solar – BRANDON BELL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA VIA AFP
MC energia verde
Ao menos 38 franqueados do Sistema McDonald’s no Brasil firmaram contrato para a autoprodução de 7 MWm de energia solar, durante 12 anos, para atender à demanda de 156 unidades da marca no Sudeste e Sul do país com a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro.
O projeto inclui restaurantes, cafés e quiosques de sobremesa localizados em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A energia é gerada na Usina Novo Oriente, o maior complexo solar fotovoltaico do estado de São Paulo. Os fraqueados do Nordeste ainda não estão nesses projetos.
Halloween Plaza
Neste sábado (25) e domingo (26), no piso L5, o Plaza Shopping oferece oficinas criativas para os pequeninos que adoram colocar a mão na massa. Slime, massinha de biscuit e pintura de tela e gesso são as opções, das 14h às 20h, sendo cada encontro com duração de 30 minutos.




